Pois é, estudei bastante na vida (a maioria estudo não formal é claro) … e já trabalhei com muita coisa tb: De joalheria a cinema; de silkscreen à digital art; fui de office-boy a diretor de criação …
Fiz cursos de dança, de teatro, de arquitetura, de palhaço, de fotografia, de desenho e pintura …
Já criei cenários mirabolantes para festinhas de final de ano de escolas infantis, mas também complexas estratégias de comunicação para megacorporações multinacionais …
Nasci católico; na adolescência fui crente; visitei terreiros de umbanda e até recentemente tinha me identificado com o pouco que conheço do budismo (agora q estou estudando mais profundamente Filosofia da Diferença e Pensamento Nômade tenho deixado essas questões esotéricas meio de lado) … Mas, ainda assim, no meu altarzinho pessoal, há um Ganesha (removedor de obstáculos) e 2 galinhas de angola das figureiras de Taubaté – pra afastar criaturas peçonhentas da vida da gente – acho q tá valendo mais pela provocação cotidiana q pela simbologia religiosa, rssss.
Na época de quartel arrumava umas “farda véia pros camarada roqueiro” que ficavam mega-felizes, usei coturno, camisetas rasgadas do Iron Maiden e da Anarquia e mesmo não curtindo metal pesado meus pulmões me lembraram recentemente dos solventes com benzeno das tintas de gravura q usei 30 anos atrás … não existia base água pra papel e como a mão de obra sempre foi o item mais barato e substituível na cadeia produtiva … dá-lhes solvente com metal pesado …
Hierarquia – tô fora, mas a vida sempre vem com deliciosas ironias … fui soldado infante combatente, treinei contra guerrilha urbana, puxei guarda em casa de general … aí toca o alarme, eu não escuto e não corro pro meu posto … imagina a cara do sargento quando me encontrou no refeitório, cercado de miçangas coloridas e fazendo brincos pra vender na feirinha hippie??? A cara dele, de indignação e espanto, valeu o ano de trabalhos forçados que passei por lá … kkkkk
Joguei capoeira por anos e por anos tb, pratiquei Ashtanga Yoga buscando transformações profundas …
Sou quase 100% urbano, mas com aventuras na terra, na água e no ar (nada tão radical assim, mas um friozinho na barriga sempre rolou) … mergulhador certificado, ui!!! – já fiz naufrágio, profundo e noturno … pilotei planador e a orientação era: SIGA OS URUBUS – eles te levam pra cima nas correntes de ar quente! Trilhas e cachoeiras de todo tipo, subi o Pico do Lopo, a Pedra do Baú, cachoeiras de Delfinópolis na Serra da Canastra e muita mata atlântica no litoral. Mas o meu maior mico foi nas Agulhas Negras: todo metido, pagando de fodão, cheio de equipamentos e técnicas … comi muita poeira na cola da namorada da época que era trapezista de circo e me deixou no chinelo … kkkkkkkkk … bem feito!!!!
Tentativas diversas de virar vegetariano, mas quem resiste ao x-salada da A Chapa, afinal ???
Ah, não passo vontade num forrozin arretado e pra me ver realmente feliz me deixe acompanhado de uma bonita reboladeira num sambinha de gafieira: mas que beleza … em fevereiro tem carnaval! tem carnaval! meu violão é imagem, é dança … sigo sem fusca – essa bolha de metal, plástico, vidro e ar-condicionado que, na velocidade e na ausência, achata a cidade/vida num outdoor medonho … não desisto nunca, sigo procurando teresaminhanega em cada par de coxas em que me enrosco pelo caminho, de gafe em gafe, de gafe em gafe… se sou flamengo? enquanto flamengo for povo eu sou … salve jorge, desde q seja do ben.
Vivendo num eterno brainstorm … eternamente um rascunho em redesenho de si mesmo … Movido à paixão e em busca da mais simples essência … exatamente como cantava o Balu no desenho do Mogli (rsssssss):
EU USO O NECESSÁRIO
SOMENTE O NECESSÁRIO
O EXTRAORDINÁRIO É DEMAIS
EU DIGO NECESSÁRIO
SOMENTE O NECESSÁRIO
POR ISSO É QUE ESSA VIDA EU VIVO EM PAZ